Você já ouviu falar sobre cultura organizacional e sua importância? Se você vê esse conjunto de hábitos e valores somente como um reflexo do pensamento do fundador da empresa, saiba que esse tipo de impressão não está correta.
A cultura organizacional é fundamental em qualquer ambiente de trabalho e deve estar alinhada ao pensamento de todos os membros da companhia.
Geralmente, as pessoas passam a maior parte do dia dentro do contexto de ambiente de trabalho.
E essa rotina imersa dentro de uma organização é capaz de criar um universo próprio, no qual uma cultura é compartilhada e transformada no dia a dia.
Além de interferir no bem-estar e sensação de pertencimento dos colaboradores, a cultura de uma empresa afeta positivamente vários processos essenciais, como recrutamento e seleção de talentos, redução de rotatividade, aumento de produtividade e relacionamento com clientes e parceiros.
Para ajudar você a compreender mais sobre a cultura organizacional e os diferentes tipos, trouxemos esse conteúdo com todas as dúvidas mais comuns.
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O que é cultura organizacional?
A cultura organizacional representa todos os valores, hábitos e crenças que são compartilhados, incentivados e praticados dentro de uma empresa.
Por ser uma espécie de identidade da organização e na forma como ela se posiciona para os funcionários, parceiros e clientes, trata-se de um conceito fundamental para a estratégia dos negócios.
Fortalecer a cultura organizacional é importante para as empresas, pois ela funciona como um guia de comportamento e no modo de pensar de todas as pessoas que fazem parte da empresa.
Muitas pessoas associam a cultura de uma organização ao modo de pensar e agir do fundador, mas é importante que essa cultura represente todos que fazem parte da companhia, não só os líderes.
Embora pareça um conceito novo, por estar bastante em evidência nas empresas atualmente, existem vários teóricos que já escreveram sobre a importância da cultura organizacional há muito tempo.
No livro “Cultura Organizacional e Liderança (2010)” , do psicólogo Edgar Schein, o autor destaca que ““a cultura deve representar para grupos e organizações o mesmo que caráter para indivíduos”.
Mas a expressão surgiu muito antes, na metade do século XX, por definição de Charles Handy, um escritor e filósofo especializado em comportamento corporativo.
Cultura organizacional: entenda a importância
A cultura organizacional é fundamental para as empresas por ser uma forma de unir as pessoas que fazem parte da organização.
Essa identificação entre colaboradores, líderes e fundadores, além de ser uma forma de melhorar o bem-estar e motivação interna, é uma forma de crescimento e desenvolvimento da identidade da marca.
A ausência dessa conexão dos funcionários com a cultura da empresa pode gerar vários problemas, como falhas de comunicação, baixa produtividade, rotatividade alta (turnover) e dificuldade de atração e seleção de talentos.
Por isso, a construção de uma política organizacional forte ajuda a estabelecer uma dinâmica mais saudável de crescimento, o que afeta tanto a qualidade de vida dentro do ambiente corporativo, como aumento de produtividade, reputação da empresa e lucratividade.
Como falamos, os funcionários passam a maior parte do dia na empresa, por isso é importante que eles se sintam confortáveis e felizes, identificando na empresa os valores que ele mesmo compartilha em sua vida pessoal.
Para que isso aconteça, é importante que o processo seletivo seja também uma forma de avaliar o fit cultural, ou seja, identificar se o profissional tem identificação com os valores, políticas e comportamentos que a empresa busca.
Tipos de cultura organizacional
De acordo com o escritor e filósofo Charles Handy, que cunhou a expressão “cultura organizacional”, existem 4 categorias de comportamentos corporativos:
Cultura de poder
A cultura do poder é um modelo de cultura organizacional em que as decisões são centralizadas nos gestores, no qual a figura do líder representa um papel de influência forte sobre os colaboradores.
Uma das principais críticas desse modelo é que nele os funcionários não possuem tanta autonomia e o foco está, especialmente, nos resultados obtidos.
Ou seja, trata-se de um modelo de cultura mais hierarquizado e sem tantos espaços para o crescimento em coletividade, já que a liderança se concentra em um grupo seleto.
Cultura de tarefas
Na cultura de tarefas, a empresa tem como prioridade o foco na resolução e implementação de projetos.
Esse modelo permite uma maior colaboração de todos os funcionários, pois é um tipo de cultura que estimula a criatividade e liberdade para tomada de decisões, sem depender de uma liderança específica.
Uma vantagem desse tipo de cultura organizacional é que nele os profissionais são estimulados a assumirem o papel de protagonismo.
Consequentemente, as equipes e a empresa em si conseguem alcançar resultados mais satisfatórios, maior produtividade e sucesso.
Por outro lado, uma das críticas a este modelo é justamente a falta de direcionamento, exigindo um processo seletivo de um perfil profissional com excelente autogestão e proatividade.
Cultura de pessoas
Aqui, o objetivo está na valorização das pessoas. Quando a empresa escolhe pela cultura de pessoas, significa que a empresa prioriza o bem-estar dos colaboradores e propõe mudanças para um bom clima organizacional.
Isso não significa que a empresa também não visa resultados, lucros e um bom relacionamento do cliente, mas sim que, ao mesmo tempo que busca por esses objetivos, também terá ações estratégicas para valorizar os talentos.
Além de deixar o funcionário mais feliz e motivado, é uma forma da empresa se posicionar como um ambiente saudável para os colaboradores e uma boa marca empregadora.
Cultura de papéis
Nesse tipo de organização, a empresa tem uma definição muito clara sobre os papéis que cada pessoa exerce dentro da empresa.
Assim como a cultura do poder, esse modelo também possui uma hierarquia bastante respeitada.
Uma vantagem desse tipo de cultura é que cada colaborador consegue ter foco em suas atividades e as resoluções de problemas específicos funcionam muito bem com cada colaborador dedicando suas qualificações no que sabe fazer de melhor.
Por outro lado, uma das principais críticas ao modelo é a falta de flexibilidade, já que os cargos e funções são pré-definidos e seguidos com maior rigor.
O lado negativo é que isso pode gerar falta de motivação e pouca perspectiva de crescimento.
Componentes da cultura organizacional
Para entender a cultura organizacional é importante saber que esse tipo de conceito se baseia em três componentes principais: artefatos, valores compartilhados e pressuposições básicas. Entenda:
Artefatos
Os artefatos representam o primeiro nível da cultura organizacional, representando as situações perceptíveis e mais concretas para cada indivíduo, como padrões, produtos, serviços e comportamentos.
Um exemplo simples sobre esse nível seria o próprio dress code de uma empresa. Ao visitar uma empresa pela primeira vez, no próprio processo seletivo, já é possível perceber como as pessoas se vestem, se o padrão é uma vestimenta mais formal ou informal.
Valores compartilhados
No segundo nível de cultura organizacional estão os valores compartilhados pelos membros da empresa.
É nesse nível que se encontram os critérios que fazem um ambiente de trabalho mais motivador para as pessoas.
Normalmente, os valores da empresa são desenvolvidos pelos fundadores, mas eles podem evoluir ao passar do tempo de acordo com as pessoas que fazem parte da companhia e o momento da empresa.
Pressuposições básicas
As pressuposições básicas representam o nível mais íntimo de uma cultura organizacional, pois representam as crenças inconscientes, sentimentos dominantes, pressuposições e percepções que guiam cada pessoa.
Além do que é compartilhado como valores e comportamentos, a cultura também representa a maneira com que cada indivíduo toma decisões e executa tarefas, não sendo apenas revelado no que é dito ou escrito.
Entre os três componentes, esse é o nível mais complexo, pois não é necessariamente algo concreto.
Como melhorar sua cultura organizacional
Para melhorar e saber como conservar a cultura organizacional é importante manter algumas ações estratégicas, como, por exemplo, implementar o RH 4.0, que tem como foco o uso de tecnologias e inovação para melhorar os resultados da empresa sem deixar de lado o bem-estar corporativo.
Além disso, veja algumas das formas de melhorar a cultura organizacional melhorando a gestão de pessoas:
- Manter uma boa comunicação interna;
- Criar um ambiente confortável para que os funcionários se sintam seguros para realizar feedbacks;
- Garantir um bom clima organizacional;
- Incentivar a integração entre equipes, com treinamentos e dinâmicas de grupo;
- Investir no desenvolvimento e capacitação dos funcionários;
- Propor um plano de cargos e salários para o crescimento e motivação dos colaboradores;
- Incentivar o trabalho em equipe.
Para melhorar o clima organizacional, é possível contar com ferramentas que ajudam a fazer o mapeamento da satisfação dos funcionários em relação à empresa, para conseguir ter uma compreensão maior e ter um direcionamento mais estratégico.
Uma das ferramentas para ajudar nessa pesquisa é a ifSinc, da iFractal, que ajuda as empresas a monitorar e gerar relatórios completos para melhorar a gestão de pessoas e satisfação dos colaboradores.
Com o uso de soluções para monitorar o clima organizacional e para gestão de jornada de trabalho, é possível prevenir problemas como o absenteísmo.
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Conclusão
Agora que você já conhece a importância da cultura organizacional para a sua empresa, é hora de colocar em prática e buscar estratégias para melhorar o clima organizacional e satisfação dos colaboradores.
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